Outras Sete Sessões

160H

     Imagem: gratisography.com

     Iniciámos esta segunda etapa do 2º período letivo dando continuação à leitura silenciosa individual, com o segundo capítulo da obra de C. S. Lewis “O Sobrinho do Mágico”, escolhido para livro do mês; os jovens leitores construíram também um anel mágico, como forma lúdica de expressar a inédita possibilidade de acesso a outros mundos que o livro nos abre.

     Por um  pedido unânime, fez-se ainda o reconto oral do terceiro capítulo; por essa altura, com a celebração da B. E., já tinham dado entrada vários volumes da obra tão solicitada, de modo que foi possível partilhar as fotos dos grupos das 7 Turmas em ação na Biblioteca e apreciar os novos artigos do nosso blog «Ler é crescer».

  Seguiu-se a apresentação do delicioso livro de Christian Jolibois e Christian Heinrich  “A jovem galinha que queria ver o mar” com leitura coletiva da obra integral.

     Foi concluída a leitura anterior “A jovem galinha que queria ver o mar” e fez-se a partilha da pesquisa pedida sobre a expressão idiomática “O ovo de Colombo”.

     Nesta sessão foram ainda divulgadas a Campanha de Natal “Uma árvore feita de livros” bem como a iniciativa de partilha livre entre alunos “Roda dos livros”.

    Foi apresentado o livro “Um Tubarão na Banheira” de David Machado e Paulo Galindro que se encontra em regime de leitura livre no site Slideshare. Foi explicitada em detalhe a finalidade da Campanha de Natal, “Livro Solidário” e o propósito da venda de rifas da Fundação AJU em que os alunos se revelam exímios vendedores

    Finalmente, na última semana, em visita virtual ao blogue irmão Cadescrita, onde são publicados  os textos dos nossos jovens escritores, foram partilhados, em leitura coletiva, Memórias e Expectativas de Natal recentemente escritas por autores de 5º e 6º anos.

Biblioteca do CAD

7 Sessões


the_magic_of_books_cc_zImagem: Compifight CC By Kathy Grieb Kennedy

     O projeto «Ler é Crescer» foi apresentado aos alunos no mesmo gesto em que lhes foi pedida a preciosa colaboração num questionário sobre experiências de leitura, a seu tempo publicado, e de onde ainda não extraímos todas as possibilidades inspiradoras.

     Seguiu-se uma sessão informativa sobre a estrutura interna de um livro, a fim de familiarizar os alunos com alguns termos técnicos que lhes permitissem nomear as diferentes partes do objeto de eleição destas sessões. E recolheram ainda um poema de Jorge Sousa Braga, que associa a variedade viva do imaginário que se expressa numa biblioteca à pujança e diversidade de vida numa floresta.

    Iniciámos então a aventura de ler com um reconto oral, introduzindo o pequeno conto de mistério e humor “O Bebedor de Tinta”, reservando os três últimos capítulos para a leitura silenciosa individual.

     Entretanto, como o nosso Blog tomava forma, foi apresentado aos alunos como parte integrante do projeto, na sua qualidade de testemunha virtual das nossas atividades, desafiando assim os jovens leitores a fazerem ouvir também a sua voz.

    Novamente embarcados na aventura de ler, apresentámos integralmente a  curta história de Peter H. Reynolds, “O ponto”, na sua combinação inseparável de texto e imagem e cuja mensagem poderosa encontrou nos alunos um eco de entusiasta aprovação.

    Regressámos ao texto corrido, sem apoio visual, com a introdução ao primeiro livro das “Crónicas de Nárnia”que nos aventura  num mundo diferente do nosso; mas primeiro foi apresentado o autor, C. S. Lewis, a sua amizade com Tolkien e o seu fascínio comum pela criação de outros universos, tão verosímeis e densos que as  transposições para a linguagem do cinema aparecem sempre como pálidas sombras aos olhos do leitor apaixonado. Por essa altura multiplicaram-se as requisições, na Biblioteca, de “O Sobrinho do Mágico”, subitamente transformado em “best-seller”.

     Finalmente, já à beira das primeiras avaliações do ano letivo, chegou a semana em que se celebram, por todo o mundo, as Bibliotecas Escolares; estas sessões merecem um artigo próprio, a fim de destacarmos, como merece, a participação dos nossos jovens leitores.

Biblioteca do CAD     

No Fim da 1ª Etapa

150px-WilcoxImagem: Wikijunior CC

     O projeto de incentivo à leitura, “Ler é Crescer” foi implementado em 14 sessões ao longo deste primeiro período escolar. De início, pensámos publicar sempre um artigo a acompanhar cada sessão, tanto para divulgá-la como para avaliá-la e abri-la aos comentários dos leitores. Contudo, a breve trecho, deparámos com dificuldades de copyright para explicitar os conteúdos e materiais utilizados. Optámos, assim, por um mais genérico balanço global das atividades realizadas, ainda a publicar, no fim desta primeira etapa.

     A voz dos jovens leitores fez-se ouvir em entrevistas ou breves comentários e reflexões à leitura pessoal ou partilhada;  também o 7º ano se expressou: recensão de livros, entrevista a Ana Pessoa, comentários a leituras apresentadas em aula… Juntamente com o sedutor pedido de alargar o Projeto de modo a inclui-los: aí está, como início de resposta, a seleção do livro do mês com o “Supergigante”.

    A Voz dos pais leitores já se fez ouvir no saboroso artigo de uma Mãe, em que partilha a sua imaginativa estratégia de leitura com os filhos, em casa. E, com ela, veio o desafio de abrir o Projeto aos nossos alunos da Primária.

    Sabemos que a próxima etapa vai ser muito breve: 10 semanas a percorrer num calendário saturado de testes e fichas sumativas, com uma margem estreita para darmos forma a estas sugestões aliciantes. Mais uma vez, o tempo da leitura lúdica terá de ser libertado “a fio de espada”, do emaranhado quotidiano de deveres e ocupações.

    Mas não é certo, como diz Daniel Pennac que “O tempo de ler, como o tempo de amar, dilata o tempo de viver”?

Biblioteca do CAD

O Diário de Anne Franck

Anne_Franck_DiaryImagem:Anne Franck Zentrum CC2.0     

     Para mim, o livro de Anne Franck é muito triste, mas no fim, dá uma lição de Paz muito importante para idosos e para crianças.

      Eu acho que não é justo queimarem e torturarem os Judeus só porque são de raça diferente.

     Imaginem viver muitos anos numa casa sem poder ir à rua e conviver sempre com as mesmas pessoas a cada dia e a cada hora!

      Eu fui a Amsterdão e visitei a casa de Anne Frank. Era muito suja, mas tinha um anexo escondido para onde se passava por trás de uma cómoda: aí foi o seu esconderijo.

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       Entrada secreta que dava acesso ao Anexo Imagem: Holland Global Tourism

     Anne Franck foi uma menina muito sofisticada e trabalhadora.

Raquel, 5C

O Diário de Sofia

Diario de Sofia e Ca_miniImagem: Culturminho

     Vou apresentar um diário que conta as situações de vida da Sofia aos 15 anos.

    Eu acho que este diário nos mostra o sentido da vida. Mostra-nos que na vida há altos e baixos e faz-nos ver porque é e como acontecem esses altos e baixos. Mas também tem muitas palavras que são mesmo para a nossa juventude e que nos fazem rir até “ao dia seguinte”.

     Sim, eu gostei muito de o ler.

    Uma parte que me tocou muito, foi quando ela tinha “um cadeado” no telemóvel – quer dizer que os pais lhe mudaram o código do telemóvel –  porque tinha tirado uma negativa. Tocou-me, pois também já me aconteceu.

    Houve uma vez em que uma amiga dela, que era a Cátia, estava triste e ela tentou animá-la. Assim, Cátia agradeceu-lhe e idsse que nunca mais se ia esquecer daquele momento, pois tinha sido muito bom. Quando Sofia lhe começou a dar conselhos, aí é que ela lhe disse:

     – Sofia, foi um bom momento, nunca mais me vou esquecer e também vou seguir os conselhos que me deste, pois sei que és minha amiga e confio em ti.

    Eu acho que foi um bom momento para Sofia.

   Acho que estes dois exemplos são os melhores, pois mostram-nos o sentido da vida. Parece que Luísa Ducla Soares  – a autora – pensou como é que se vive a vida, como foram os seus momentos marcantes na idade dos 15 anos.

Mafalda C, 7A

Rapariga Rebelde

_es_a_maior_rapariga_rebelde_miniImagem: Leya Online

     O livro que mais gostei de ler foi a “Rapariga Rebelde”, pois eu identifico-me muito com ela, porque ela queria sentir-se popular e, com isso, ser rebelde.

     Bem, eu, no 5º ano, queria imenso ser assim. Mas chegou uma altura do livro em que ela percebeu que, para todos gostarem dela, deve ser ela mesma, independentemente dos seus defeitos.

    Mas há uma coisa que não temos em comum; é que ela tem um lema: “Quem não gosta, não olha” – quero dizer, eu às vezes, digo-o, mas acho que me deixo levar demasiado pela opinião dos outros!

Mariana R, 7A

Quem Disse que as Crianças não Gostam de Ler?

   

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     Imagem: “Ler é Crescer”

      No presente ano letivo apercebi-me que era fundamental desenvolver a leitura de um dos meus filhos que dizia que não gostava de ler. Decidi implementar uma rotina e uma regra associada: “Após o jantar podem ler . Não há TV, ipad, etc, quando há escola.”

     Inicialmente esta regra foi recebida pelos meus filhos com um “oh mãe!”. Para os motivar comecei por ler alternadamente com cada um. No início liamos alternadamente uma frase, em seguida um parágrafo e por último uma página. Quem começava a leitura e o que lia cada um eram decisões que tomavam todos os dias.

     E assim, passado um mês, o momento da leitura tornou-se uma rotina na nossa casa. Hoje em dia, quando lhes dizemos para ir para a cama vem a pergunta “ -Podemos ler ?” ou “-Lês comigo?”;  antes de dormir já têm a iniciativa de ir buscar um livro e, quando os avisamos que não há tempo para ler, vem o “Oh! Não podemos ler!”

     Penso que esta mudança na nossa rotina familiar foi muito benéfica para todos. Se o objetivo inicial era melhorar a leitura, o resultado superou as nossas expetativas. Para além de a leitura se ter tornado mais fluente, terem aprendido vocabulário desconhecido, criou-se neles o gosto pela leitura e permitiu-nos ter conversas importantes sobre comportamentos e problemas vividos pelas personagens.

     A leitura partilhada com os nossos filhos permitiu-nos ter um momento especial no final de cada dia com eles, muitas vezes difícil de ter na azáfama da vida e porque as prioridades de todos são outras.

    Se este testemunho tivesse um título seria : “Quem disse que as crianças não gostam de ler?”

 Rita Delgado da Rocha

Mãe do CAD