A Visita do 1º Ano

A Visita do 1º Ano

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     Ansiosos e curiosos, os alunos das três turmas do 1º Ano visitam a nossa Biblioteca.

     Quanta alegria em saber que podem levar livros para casa! Qualquer um! O que gostar mais poderá ser levado consigo para mostrar aos irmãos ou aos outros amigos… Quem sabe os pais podem reler, à noite, ao dormir, aquela mesma história que “leu” no contexto da escola!

     “Pode levar qualquer um, sem pagar?”  A pergunta inocente de um dos alunos revela que agora passa a conhecer o sistema de “empréstimo” que até então não conhecia muito bem, pois relaciona o agarrar em objetos nos supermercados ou em lojas e tudo ser pago pelos pais. Escolher “qualquer livro” e levar consigo sem ter que pagar nada, por isso é, de facto, uma novidade. Começa a existir uma certa autonomia, a escolha é livre!

     Escolher um bom livro ou não será da “responsabilidade” dele. Como as personagens do conto de hoje, as crianças começam a adentrar-se por “uma floresta” que exigirá tomadas de decisão… fazer escolhas é uma estreia no processo de autonomia. Nesta etapa, início do 1º Ciclo, demonstram que estão num patamar um pouco superior ao que lhes foi proporcionado na Educação Infantil…

     Após saberem as regras, o que ” se deve fazer” ou “não se deve fazer” neste novo espaço, as crianças entraram para a parte  do “Era uma vez”, que, como o próprio nome diz, é o espaço acolhedor onde se narram os contos e se desfruta da literatura… Um mundo que convida a criança a ser um leitor. Para isso, está à disposição uma “mediação” pensada para este fim… Neste dia, a atracção foi a narrativa do conto “A casa de chocolate”, também conhecido como  a “História de João e Maria”.

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     Com um bom repertório que trazem da Educação Infantil, as crianças participam no reconto da história, descrevendo, com mestria, tudo o que há numa floresta onde se passa um conto de fadas. A  descrição vai sendo tecida à medida em que a contadora vai montando a cena, num fio de pesca,  que denominou “linha do espaço físico”, para diferir da “linha do tempo”, onde irá colocar as personagens à medida em que a narrativa da história acontece…

 

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hist-primeiro-ano0005      Ao final da história, todos se encantam com a casa da bruxa que está revestida de guloseimas e é permitido “destruir o teto”, uma vez que todos levam consigo um rebuçado… As crianças demonstram encantamento e dizem que voltarão na próxima semana…  Nosso objetivo se concretiza. Esperamos que esta primeira vez do ” era uma vez” se transforme em “Era muitas vezes…”    

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Biblioteca CAD

O Céu é Mágico?

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       As crianças, de modo geral,  interessam-se por histórias mágicas e por brincar com brinquedos instigantes…

     Assim como o brinquedo  “Escada de Jacob” não pára quieto, está sempre a ser utilizado pelas crianças, o avental para contar a história do João e o pé de feijão,escadadejaco008 também não.

     aventalblog000O avental e o chapéu (que representa o céu) se tornou um objeto muito manuseado pelas crianças do 1º e do 2º ciclo. Elas contam e recontam a história para um público que aprecia as narrativas variadas,  seguidas umas às outras.

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     A história é contada nas vozes de dois contadores alternadamente…. Uma criança diz “Eu sou o céu com o castelo”, apanha o chapéu e coloca imediatamente na cabeça; resta à outra, a terra, que é o avental, com o pé de feijão. 

     O que haveria de comum entre  o brinquedo a “Escada de Jacob” e a história de “João e o pé de feijão?” Seria porque ambas levam até o céu, e o céu é mágico?

     Assim como o João consegue subir ao céu, trepando num pé de feijão mágico, que o leva às nuvens; Jacob, um personagem bíblico, que possivelmente inspirou um dos nomes para este brinquedo, vê em seu sonho, uma enorme escada, contendo  sete degraus, que ligava a Terra ao Céu.  

     Na história do João havia um tesouro sob os cuidados de um gigante. A galinha dos ovos de ouro e a harpa era como a “Terra Prometida” de Jacob, que João recupera e leva para a família.

     A magia do céu, no contexto da brincadeira, está relacionada com a mudança de vida, com a solução dos problemas. João, com o ouro, passa a não ter problemas materiais; Jacob, na “Terra Prometida”, seria saciado com pão, leite e mel. 

     Seria o céu um lugar mágico? O que o leitor acha?

Imagens Biblioteca CAD                                                                                                                                                                                    Biblioteca CAD

As “Sherazades” crescidas I

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      As alunas do 5ºAno vivenciam “as mil e uma tardes”, a contar histórias aos pequeninos. Muitas vezes torna-se difícil escolher quem vai contar a história, pois as candidatas são muitas para o pouco tempo que as crianças têm para ouvi-las. A escolha tem que ser “à sorte”, utilizando uma lengalenga. 

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       As alunas ficam encantadas com a postura, o interesse e a participação das crianças do 1º Ano.

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      Já temos candidatas para contarem histórias até o final do ano letivo! “As mil e uma tardes” não acabam por aqui…

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“A casa sonolenta” – Reconto

     E a casa sonolenta continua acordada!

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     Quase todos os dias, algumas  alunas  do 5º Ano querem recontar a história “A casa Sonolenta de Audrey Wood.

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     O encantamento pela “casa que não dorme”, embora sonolenta, dá-se graças à estrutura da narrativa que é repetitiva (acumulativa ou lengalenga) e conta com o apoio dos objetos que, pouco a pouco, se empilham, compondo um todo, e, e em seguida, “desmorona”, a acordar todos aqueles que, numa cama aconchegada estavam a dormir.   

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      As alunas dão graça à narrativa, porque mudam a “cadência” do conto e introduzem termos e improvisos demonstrando criatividade e imaginação.

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