Tempo e Espaço…

“Tempo e Espaço”

tempo

          Os conceitos influenciam o uso da técnica que escolhemos para contar a história…

conc-tempo-espaco0002

     Ao escolher contos como  o clássico “A Casa de Chocolate”, também conhecido como a História de João e Maria, ficamos sempre com a sensação de que irá causar na criança um impacto muito grande, por ter uma narrativa  que se vai desenrolando e apresentando as atitudes dos adultos frente às crianças de modo muito diferente de hoje.

    Do latim “tempus”, a palavra tempo é a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações.

     O tempo e o espaço tridimensional são concebidos, em conjunto, como uma variedade de quatro dimensões a que  se dá o nome  de espaço-tempo. Um ponto no espaço-tempo é designado como um acontecimento.

     O uso da técnica dos dois fios transparentes, fixados paralelamente, pretende deixar explícito o conceito de espaço-tempo. Ao narrar a história, monta-se a cena, colocando as árvores da floresta e as casas do pai das crianças e da bruxa no fio mais alto (espaço fixo). No desenrolar da história, as crianças percebem a linearidade do tempo e dos acontecimentos, pois, de propósito, colocam-se as imagens estáticas (embora com uma alusão ao movimento) para que conc-tempo-e-espaco0001percebam a sucessão dos acontecimentos que ocorrem naquele

contexto físico.

     As nossas crianças  organizam-se num espaço físico muito distinto do descrito na história… não vivem numa floresta…. Também é um choque descobrir, através da história, que os pais são falíveis e imperfeitos; são incapazes  de suprir todas as necessidades dos filhos; os filhos, João e Maria são obrigados a buscar os seus próprios recursos que os pais já não suprem; longe da casa dos pais há um mundo a desvendar… há sofrimento, mas também há  prazeres, há doces e não só… 

     Os contos ajudam no desenvolvimento emocional e intelectual da criança. O final feliz remete a uma boa dose de esperança para a criança; sugere que poderá superar as dificuldades da vida, obter sucesso e viver  feliz.

     O leque de conceitos dos vários tipos de tempos é amplo… e é explicável por muitas ciências… 

Biblioteca CAD

Porta-Poemas de Outono

Porta-Poemas de Outono

portapoema0003

     No dia em que  o “Outono chegou” as crianças trouxeram à pressa, um entusiasmo surpreendente… Queriam ouvir histórias, saborear chupas da casa da bruxa e ainda fazer algo mais… pareciam insaciáveis!

portapoema0010

     Foi então  que, diante de tanto entusiasmo, entregamos às crianças os cones, que estavam mesmo à espera de mãos  habilidosas, para ilustrar o porta-poemas para colocar no balcão de receção da nossa Biblioteca.

portapoema0008portapoema0001

     Cada um traduziu em imagens, o que para ele (a) eram imagens da Nova Estação que “chegou” neste dia: o tímido Outono! 

portapoemas0011

     Trabalharam… trocaram impressões e opiniões sobre o que é “temático” ou não, adequado ou não… Foi uma experiência interessante para o 4º Ano.

portapoema0004

      O resultado foi surpreendente!

      Apareça na nossa Biblioteca! Os cones guardam poemas para si…

 

 

 

Biblioteca CAD

 

O Jogo das Pedrinhas

O jogo das pedrinhas

jogo-das-pedrinha0005

     O jogo das pedrinhas que, no ano passado foi introduzido no contexto de uma história, volta a ser solicitado por alunos do 4º Ano, que não esqueceram a vivência.

     O que chamou a nossa atenção foi o facto de os dois alunos que vieram solicitar o jogo estarem ambos com o braço partido.

jogo-das-pedrinhas0001

     “Até a minha avó disse que sabe  jogar este jogo”. “A minha também!” Estas falas ilustram bem o quanto as crianças se alegram com os jogos tradicionais. A simplicidade encanta as crianças mesmo que estas estejam cercadas de muito aparato tecnológico.

jogo-das-pedrinhas0002 pedrinhas0000

     Ao pé dos dois miúdos vieram mais cinco meninas a jogar também. O jogo é contagiante…

jogo-das-pedrinhas0003

     Que alegria conseguir virar as pedrinhas para cima e para baixo e agarrá-las!

Biblioteca CAD

“Quero um Haicai…”

“Quero um Haicai…”

haicai0001

     Foi no Caqui net, Revista Brasileira de Haicai, que a aluna Cátia do 9º Ano, escolheu este singelo Haicai. 

     A aluna chega à Biblioteca a solicitar livros de Haicai/Haiku para escolher um poema para ilustrar… Encontra no site mil e uma ideias.  

     “Há até um concurso internacional!” –  surpreende-se a aluna ao ficar a saber da amplitude deste género literário pouco difundido em Portugal.

     “Escolhi este”, mostra o texto e a imagem onde deixa escorrer das mãos a criatividade, e interpreta o poema… derrama a cor azul em forma de água da cascata a condizer com a cor da asa da borboleta… “Ela está na natureza… Uma nova cor!”

     Este tipo de expressão da arte traduz uma beleza simples… não simplista… A aluna demonstra-se enamorada por sua produção… Nós também!

     Desejamos que esta fonte não se esgote. 

Biblioteca CAD

Atividades do 2º Ano

Atividades do 2º Ano

despedida0002

     Cheias de entusiasmo, crianças do 2º Ano entram na Biblioteca querendo saber quais são as atividades que elas podem fazer.

despedida0003

    Sobre as mesas há uma variedade de postais para desenharem ou completarem os riscos aleatórios… Cada uma escolhe o que lhe apetece e dedica-se a fazer a atividade da melhor maneira. 

despedida0001

     Algumas crianças querem dedicar os seus postais… Nesta idade a afetividade está em alta; as crianças gostam de dar e receber “mimos” escritos, pois descobrem que a linguagem é uma expressão que se parece com uma fonte que não para de minar água, quanto mais elas escrevem, mais têm o que escrever…

     Que esta vontade não cesse!

Biblioteca CAD

 

A Torre de Hanói

A Torre de Hanói

    blogtorre0002

     O puzzle, concebido em 1883, pelo matemático francês Édouard Lucas, inspirado na torre símbolo da cidade de Hanói no Vietname, desafiou pais, filhos e netos, que estiveram no espaço da Biblioteca, na Festa da Comunidade, devido ao estímulo que propõe o jogo, de regra simples: transportar todas as peças, em ordem crescente, da base A para a base C, utilizando o espaço da base B, movimentando uma peça de cada vez.

blogtorre0001

     Alguns participantes sentiram-se instigados em transportar a torre, utilizando o menor número possível de movimentos. “Isso é quase impossível!” diziam muitos, quando lhes era proposto: “Agora, experimente levar a torre, utilizando apenas 15 movimentos!” Após muitas tentativas, os mais persistentes  conseguiam e queriam acrescentar mais peças para aumentar o próprio desafio.

blogtorre0003

     “Posso levar para casa?” Pediu uma criança, após algumas jogadas. Pode! A família levou a torre para “movimentar” as peças e as pessoas … O desejo da criança levar para casa o que acaba de aprender no espaço da festa, no cantinho de actividades da biblioteca,  é gratificante e surpreendente: “Vai ser um desafio para todos lá em casa neste fim de semana”, disse o pai!

blogtorre0004

Imagens Biblioteca CAD

A visita da Educação Infantil

A visita da Educação Infantil

ed-infantil-biblioteca0002

     A turma dos 4 anos da Educadora Telma visita a nossa Biblioteca. As crianças estavam fantasiadas porque haviam contado uma história aos “bebés” antes de irem para a biblioteca.

ed-infantil-biblioteca0008ed-infantil-biblioteca0009

     Algumas crianças falaram das histórias que já conheciam que também se passavam numa floresta. A conversa foi longa… até um aluno dizer que na casa dele tinha um livro que tinha uma bruxa muito má que caiu no caldeirão de água a ferver… “Pois a nossa história de hoje também tem uma bruxa que cai num caldeirão… “.

     Todos ficaram atentos à história de João e Maria

ed-infantil-biblioteca0001

     Após a história, todos se encantaram com a casa da bruxa que se transformou numa casa de doces. Todos saborearam as guloseimas e despediram-se com um gostinho de “quero mais”…

ed-infantil-biblioteca0007

Biblioteca CAD

A Educação Infantil volta a visitar a Biblioteca

A Educação Infantil volta a visitar a Biblioteca

ed-infantil-biblioteca0003

     Desta vez a  turma dos 4 anos da Educadora Amélia foi ouvir a história de Audrey Wood,  A Casa Sonolenta. Todos queriam ver de perto as imagens dos animais afixadas nos objetos transparentes.

     Após ouvirem a história, muitas crianças colocaram o dedo no ar candidatando-se para fazer o reconto. A educadora escolhia a criança que ia assumir o posto de contador (a) de história. Esta iria empilhar as personagens de modo decrescente, à medida que nomeava a personagem e dizia o que estava a fazer em cima da cama confortável (aconchegada), na casa da avó, que era muito sonolenta… O desafio exigia muita atenção por parte dos pequenotes, uma vez que a atividade  pressupõe noções de sequência  lógica e uma narrativa no ritmo de uma lenga lenga…

 

ed-infantil-biblioteca00010

     Após a história, no momento da despedida, cada aluno ganhou uma lembrancinha da nossa Biblioteca.

ed-infantil-biblioteca0004

      As crianças demonstraram que estavam muito felizes com a visita. Levaram também para a sala o kit completo com as personagens para contarem a história da Casa Sonolenta às outras crianças.

     Foi uma visita divertida!

Biblioteca CAD

História e Atividades para o 1º Ano

História e atividades para o 1º Ano

ativ-ultima0001

     As crianças do 1º Ano entram na biblioteca e perguntam por histórias… Após ouvirem a história da “Casa Sonolenta” de Audrey Wood, escolhem livros para levar emprestado e confeccionam peças para o “jogo da memória”. 

     Os livros foram expostos previamente numa mesa para escolherem, pois, conforme combinado no 1º dia, poderão levar qualquer livro emprestado. 

escolher-livro0003

    Luisa, aluna do 6º Ano, colabora anotando os nomes das crianças que querem levar os livros para casa. 

jogo-da-memoria0003 jogo-da-memoria-0004jogo-da-memoria-0005

jogo-da-memoria0002jogo-da-memoria0001

Biblioteca CAD

“É estranho pensar palavras estranhas…”

“É estranho pensar palavras estranhas…”

palavras-estranhas0001

          Dentre as atividades pensadas pela nossa biblioteca, para este começo de ano, estava a proposta de classificar as palavras quanto à sonoridade. Ao ouvir uma palavra, como ela soa aos teus ouvidos? Considera-a: “palavra feia”, “palavra bela”, palavra estranha/esquisita” ou “palavra amorosa”?

      Na caixinha das palavras esquisitas/estranhas encontramos: Otorrinolaringologista, anticonstitucionalisticamente, batota, lírico, eletricista, fofo, flamingo, flor… 

     A atividade, parece fácil, mas acabamos por  constatar que não o é. Distanciar a sonoridade da palavra do teor do seu significado é um desafio. Na caixinha de “Palavras Feias” são encontradas algumas asneiras, classificadas como feias, de modo que se percebe que nem todas as pessoas tem facilidade de realizar esta atividade.

     É interessante ouvir as opiniões dos alunos quando estão envolvidos com este tipo de proposta. Participaram da atividade alunos do 4º ao 9º Ano.”Raciocínio é uma palavra bela!” afirma Maria B. do 6º Ano; “Família, eu acho que é bela”! “Eu acho ‘beijar’ uma palavra feia”! Esta frase da Leonor. V. do 5º Ano instigou outros alunos que discordaram dela. Outros discordaram também da Matemática na caixinha de palavras feias, justificando: “se calhar é porque ela não gosta desta matéria …” explica uma aluna, pronunciando a palavra separando-a em sílabas, “é bonita, /ma-te-má-ti-ca/!”

palavras-estranhas0002

     O leitor também pode experimentar pensar em palavras considerando a sonoridade… Veja se considera fácil ou difícil…

Biblioteca CAD

Visita do 4º Ano

Visita do 4º Ano

ativ-ultima0002

 

     “O que podemos fazer hoje?” perguntam algumas crianças acostumadas a fazer algumas atividades na biblioteca, assim que entram…

     Havia materiais à disposição para desenhar, escrever, pintar, ler…  Após as atividades realizadas nas mesas, muitas queriam descobrir os livros de onde foram extraídos alguns excertos…  

moldura0001 ativ-ultima0003ativ-ultima0004

    A atividade é desafiadora porque pressupõe estabelecer relações lógicas sobre personagens e situações descritas nos excertos e ir ao encontro do livro para encontrar a página certa. Todas foram para as estantes localizar os livros.

excerto0004excerto0002       excerto0003

     O geoplano, que é um material didático-pedagógico,  também estava à disposição dos alunos. Três alunos entreteram-se com a atividade  que desenvolve a percepção visual de formas geométricas planas, fazendo e desfazendo as formas das  figuras geométricas. Foi uma atividade à três mãos! 

  geoplano0002

 

Biblioteca CAD

“Todas as palavras começadas com …”

“Todas as palavras começadas com  …”

sofia0002

     Alunos do 4º ao 9º Ano acham a atividade intrigante e desafiadora…

sofia0003  letras-ativ0001         letras-ativ0002

     Escolhe a tua letra favorita…

     Agora, és capaz de escrever um texto em que todas as palavras começam com esta letra? 

     Isto é quase impossível!

sofia0001letras-ativ-0006

letras-ativ0004letras-ativ0005

 

     Quando começam não querem mais parar… 

      O leitor também pode tentar!

 

Biblioteca CAD

Uma Proposta para se Pensar…

Uma proposta para se pensar…

mariana-lume-proposta0002

     Sobe as escadarias que dão acesso à biblioteca a aluna M. do 4º Ano. “Vim só mostrar isso!” Diz a aluna, num curto espaço de tempo que tem, entre aulas de ténis e intervalo… “Fiz esta mala… Aprendi com a minha empregada. Ela cosia as meias e eu ajudava. Aprendi a coser!” A aluna já havia partilhado este contentamento com a professora Inês Pinto.

     Com entusiasmo, segura de que a biblioteca pode ser um espaço privilegiado para se socializar o que se sabe, M. L. descreve o processo técnico, o “domínio” que tem sobre fazer malas… Não é nada fácil! Explica a aluna, passo-a-passo, sobre virar do avesso e ficar com um acabamento esteticamente perfeito, como se constata ao observar sua verdadeira arte!

     A aluna deixou a mala com o intuito de servir de exemplo para oficinas ou algo similar em que ocorra o processo de “ensinar e aprender”; afinal, o que se aprende em casa com as pessoas mais velhas pode ser ensinado para outras pessoas…

     Uma proposta para se pensar…

Biblioteca CAD

 

Os Pequeninos visitam a Biblioteca

Os pequeninos visitam a Biblioteca

visita-edc-infan0002

     “Uau!” –  Esta foi a expressão que se ouviu de uma das crianças de três anos, à medida que, junto com a turma, entrava na Biblioteca. Num espaço físico diferente, as crianças aguçam a curiosidade … abre-se o “canal” de comunicação … ficam vulneráveis ao encanto e acolhem o que lhes foi preparado: a narrativa da história A Casa de Chocolate, também conhecida como A História de João e Maria.

     No momento em que “estão separados dos pais”, assim como vai acontecer com as personagens da história, a criança que está na fase de querer fazer tudo sozinha, sente-se “independente!” O ingresso na Educação Infantil marca o começo de uma etapa muito oportuna para crescer em diversos aspectos.

     Nesta idade, as crianças aprendem melhor com atividades variadas, sobretudo com as brincadeiras. Vir à Biblioteca é uma “brincadeira” para elas, que ainda não distinguem a realidade da fantasia. 

     A imaginação está em pleno estado de expansão. Estabelecer relação com o que já se sabe é algo fabuloso e revelador nesta idade: “Na floresta há casa do lobo… dos três porquinhos”, “Há casa da Capuchinho Vermelho”, “também há lobos!” dizem as crianças à medida que a contadora de histórias coloca no fio  do “espaço-tempo” as árvores e as casas para contextualizar a história que será narrada.

visita-educ-inf-0003

   Mas a árvore está  “tudo em preto”! Estranha uma criança… A técnica que, a principio, causou estranheza às crianças, foi “analisada” por estas após a história. Após a narrativa do conto, as crianças livremente, manipulam as imagens, deslizando-as no fio, como se estivessem a explorar aquela forma diferente de contar histórias, distinta do livro que já conhecem, ampliando assim seu repertório estético.

visita-da-educ-inf-0005visita-da-educ-inf-0006

     “Gostei mais da casa da bruxa”, diz a maioria das crianças enquanto saboreiam os rebuçados do telhado da casa da bruxa. “Gostei daquela parte ali”, diz o aluno D., a apontar para a imagem do pai a abraçar os filhos, arrematando a história e a visita com um final feliz…

visita-da-educacao-infantil0007

     Foi uma visita harmoniosa e curiosa… Um doce encontro com os pequeninos! Já está agendada a próxima visita/brincadeira. Até lá!

Biblioteca CAD

“Um miminho para si…”

“Um miminho para si…”

leitura-de-poemas-0002 leitura-de-poemas-0003 leitura-de-poemas-0004 leitura-de-poemas-0005 leitura-de-poemas0001

     A ideia de dar “miminhos” aos alunos, de todas as idades; nos primeiros dias de aulas, no espaço da biblioteca surtiu um efeito interessante…

    Dispostos em cestinhos sobre as mesas, a substituir o “pão” das nossas casas, os textos, os nossos “miminhos”, foram cuidadosamente escolhidos pela professora de Português e responsável pelo projeto de  Escrita Criativa, Inês Pinto. Os poemas mataram a fome de quem tinha curiosidade para abri-los, tinha vontade de descobrir o que estava ali “amarradinho”… 

     Os alunos do 4º Ano entusismam-se com muitos dos textos e pedem a palavra, com o intuito de declamar os poemas para mostrar aos colegas que lhe calhou um muito belo! “Posso ler o meu”? “Posso levar para a minha mãe”? “Posso levar dois? Um para a minha mãe e outro para o meu pai?”… E assim, propaga-se a nossa literatura… Aconchega-se o coração para o novo ano letivo que se inicia!

     E o leitor, quer um dos nossos “miminhos”? Façportapoema0004a-nos uma visita e escolha um dos nossos poemas “escolhidos para si”, logo na entrada! 

 

Biblioteca do CAD 

João e Maria… reconto do 2º e 3º Ano

João e Maria… reconto do 2º e 3º Ano

blog0003

     Já se sentindo muito crescidos e à vontade na biblioteca, as crianças das turmas do 2º e  3º Anos fazem questão de demonstrar que, além do conhecimento do funcionamento da biblioteca, bem como das suas regras, também  sabem contar histórias… O conto clássico “A Casa de Chocolate”, também conhecido como “João e Maria”, acabou por não ser contado como programado, mas sim, recontado, com a participação das crianças.

tecnica0001

     O que estava a chamar atenção dos miúdos, e por isso ficaram envolvidos e interessados, era a utilização material para apresentar as personagens do conto, bem como o contexto onde se passa a história. Eram dois estendais paralelos, em fio de pesca: num dos fios era apresentado o cenário  onde decorria a história: uma floresta e as duas casas. Tudo era recortado em duplicado, em papel  cartolina preta para que o efeito ficasse visualmente nítido e esteticamente agradável de ser apreciado.

     Ao recontar, as crianças demonstraram  que tinham domínio de detalhes da história em  versões diferentes, inclusive que a bruxa foi morta num forno muito quente, ao ser empurrada por Maria, a personagem do conto, e não no caldeirão, como nas imagens  dispostas no  “varal de histórias”…

blog0001

     Após a conclusão da história, as  crianças, assim como as das outras turmas, eram convidadas a conhecerem a “casa da bruxa” e  saborearam os rebuçados do seu respectivo grupo.

     Foi um doce reencontro e reconto!

Biblioteca CAD

A Visita do 1º Ano

A Visita do 1º Ano

hist-primeiro-ano0006

     Ansiosos e curiosos, os alunos das três turmas do 1º Ano visitam a nossa Biblioteca.

     Quanta alegria em saber que podem levar livros para casa! Qualquer um! O que gostar mais poderá ser levado consigo para mostrar aos irmãos ou aos outros amigos… Quem sabe os pais podem reler, à noite, ao dormir, aquela mesma história que “leu” no contexto da escola!

     “Pode levar qualquer um, sem pagar?”  A pergunta inocente de um dos alunos revela que agora passa a conhecer o sistema de “empréstimo” que até então não conhecia muito bem, pois relaciona o agarrar em objetos nos supermercados ou em lojas e tudo ser pago pelos pais. Escolher “qualquer livro” e levar consigo sem ter que pagar nada, por isso é, de facto, uma novidade. Começa a existir uma certa autonomia, a escolha é livre!

     Escolher um bom livro ou não será da “responsabilidade” dele. Como as personagens do conto de hoje, as crianças começam a adentrar-se por “uma floresta” que exigirá tomadas de decisão… fazer escolhas é uma estreia no processo de autonomia. Nesta etapa, início do 1º Ciclo, demonstram que estão num patamar um pouco superior ao que lhes foi proporcionado na Educação Infantil…

     Após saberem as regras, o que ” se deve fazer” ou “não se deve fazer” neste novo espaço, as crianças entraram para a parte  do “Era uma vez”, que, como o próprio nome diz, é o espaço acolhedor onde se narram os contos e se desfruta da literatura… Um mundo que convida a criança a ser um leitor. Para isso, está à disposição uma “mediação” pensada para este fim… Neste dia, a atracção foi a narrativa do conto “A casa de chocolate”, também conhecido como  a “História de João e Maria”.

hist-primeiroano0002

     Com um bom repertório que trazem da Educação Infantil, as crianças participam no reconto da história, descrevendo, com mestria, tudo o que há numa floresta onde se passa um conto de fadas. A  descrição vai sendo tecida à medida em que a contadora vai montando a cena, num fio de pesca,  que denominou “linha do espaço físico”, para diferir da “linha do tempo”, onde irá colocar as personagens à medida em que a narrativa da história acontece…

 

hist-primeiro-0001b                  hist-primeiro-ano-0004

hist-primeiro-ano0005      Ao final da história, todos se encantam com a casa da bruxa que está revestida de guloseimas e é permitido “destruir o teto”, uma vez que todos levam consigo um rebuçado… As crianças demonstram encantamento e dizem que voltarão na próxima semana…  Nosso objetivo se concretiza. Esperamos que esta primeira vez do ” era uma vez” se transforme em “Era muitas vezes…”    

casa-da-bruxa-0005      hist-primeiro-ano-0009b

Biblioteca CAD

João e Maria “perdidos numa floresta”… a escola!

João e Maria “perdidos numa floresta”… a escola!

historia-jm-0001

     A escolha da primeira história preparada pela biblioteca para trabalhar com as crianças do 1º Ano do 1ºciclo (e não só) não foi por acaso.

     Já sabemos que “os contos de fadas incorporam o inconsciente da criança no ponto de vista dos conflitos diários, dando-lhes esperança e força para enfrentar futuras dificuldades na vida”. (Going, 1997.)

     No clássico conto conhecido como a Casa de Chocolate ou  a História de João e Maria há uma riqueza no que se refere ao rito de passagem. Sua pertinência consiste em as crianças deixarem de fazer parte da Educação Infantil e avançarem para o Primeiro Ciclo, comparados com as personagens que irão “perder-se na floresta” …

historia-jm-0003

     Agora, falta em casa o pão! Os pais “abandonam-nos na floresta” para a busca da autonomia no mundo da leitura e da escrita, pois o pão do conhecimento, para nutrir a criança que está sedenta por aprender, os pais não têm. Há especificidades que só esta “encantadora floresta”,  a ESCOLA, pode oferecer: o pão para nutrir o conhecimento.

     No final da história, João e Maria levam para casa jóias e ouro; no final do ano letivo os nossos alunos irão levar para casa os verdadeiros tesouros: a riqueza da alfabetização, não só a literária mas toda a autonomia que esta pressupõe.

Biblioteca do CAD

“Bom Ano”!

 in the beginning

Maria Teresa Ambrosi via Compfight

   “Bom Ano”!

     Hoje, primeiro dia de aulas! Começa o calendário escolar. A palavra calendário é derivada do latim calendarium que significa “livro de registo”. Iniciamos também o nosso “blog calendarium” pois será neste espaço que faremos o registo de muitos dos momentos vividos aqui no espaço da biblioteca do CAD.

     “Deixa-te surpreender por esta história… onde o olhar não chega… chegam a imaginação e o coração.” (agenda CAD 2016/2017 p. 7)

Bom ano!

Bibblioteca CAD

Casa da bruxa… onde tudo acontece!

Casa da bruxa… onde tudo acontece!

casa-da-bruxa0002 casa-da-bruxa-0006

     A casa da bruxa ganha um espaço especial porque dá nos a oportunidade de mostrar às crianças a materialidade, esteticamente pensada, para caracterizar as dualidades presentes no conto clássico “A casa de Chocolate”, também conhecido como a “História de João e Maria”, que a biblioteca escolheu para receber as crianças do 1º Ano do 1º Ciclo. A casa da bruxa é revestida de doces… Que sedução para as crianças! As dualidades que encontramos neste conto são: doce, amargo;  bem, mal; generoso, ruim; criança, adulto…

     No conto, as personagens João e Maria estavam perdidos na floresta. Caminharam muito; já exaustos e sentindo muita fome, eles encontram a casa de doces e a bruxa, a dona da casa! A bruxa, a princípio, apresenta-se muito boazinha e generosa; convida-os para entrar,  mas a sua verdadeira intenção é devorar as crianças que agora já não contam com a proteção dos seus  pais.

     A casa dos pais, que neste conto é deixada para trás, mesmo contra a vontade das crianças, não ganha espaço para se materializar e apresentar aos alunos. Fora de casa, num mundo externo, a criança é “forçada” a crescer! Querendo ou não, é  na “casa da bruxa” que tudo vai acontecer…

     A rapariga chorona, agora obrigada a limpar a casa, cozinhar e lavar, amadurece e cresce; o miúdo fraco vai ganhar força, pois recebe o  “alimento” para isto. Fora da casa dos pais o mundo os “prepara”.  Ambos crescem em astúcia e conhecimento; perdem a “ingenuidade infantil” para sobreviver; e voltam à casa do pai muito diferentes: ricos de conhecimento… Outro dia falamos mais…

     A casa da bruxa contou com um processo de criação e execução que envolveu muitas pessoas da escola e alguns convidados especiais.

     O aluno do curso de Arquitetura, Francisco Patrão, com sua experiência em fazer maquetes profissionais, deu-nos o suporte técnico. A mana, Inês Patrão, estudante de Gestão, colaborou na pintura da casa e das árvores.

 

casa-da-bruxa-0007confec-casa-da-bruxa0001casa-da-bruxa-0008

Biblioteca CAD

“… a Minha Mandala”

“A minha mandala”

minhamandala001

     Não é uma mandala qualquer: … “Onde está  a minha mandala que deixei por fazer?…”

     Aquela mandala, começada com esmero, não poderia ser esquecida… Beatriz C, aluna do 5º Ano, pede para continuar a obra iniciada no começo do ano letivo.

     As mandalas, existem desde o século VIII a.C. e são usadas no Tibete e no budismo japonês como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação.

     A nossa proposta, logo no começo do ano, foi reaproveitar CDs já utilizados para os alunos desenharem mandalas, enfeitá-las com bolinhas, prendendo-as em fio de pesca para montar um móbile e  utilizar como ornamentação.

mandala0002

     Beatriz concentra-se para fazer os  desenhos, traçando-os com minúcia e cuidando da harmonia, da combinação das cores e das missangas. O resultado é surpreendente!

minhamandala0003

    Carolina C. aproveita o ambiente e também quer criar. “Quero usar as bolinhas para fazer uma estrela que aprendi”… Orgulha-se  da obra que fez: “Aqui está!”

minhamandala0002

Imagens Biblioteca CAD                                                                                                                                                                     Biblioteca CAD

 

O Céu é Mágico?

   recontoblog0007

       As crianças, de modo geral,  interessam-se por histórias mágicas e por brincar com brinquedos instigantes…

     Assim como o brinquedo  “Escada de Jacob” não pára quieto, está sempre a ser utilizado pelas crianças, o avental para contar a história do João e o pé de feijão,escadadejaco008 também não.

     aventalblog000O avental e o chapéu (que representa o céu) se tornou um objeto muito manuseado pelas crianças do 1º e do 2º ciclo. Elas contam e recontam a história para um público que aprecia as narrativas variadas,  seguidas umas às outras.

reconto0001

     A história é contada nas vozes de dois contadores alternadamente…. Uma criança diz “Eu sou o céu com o castelo”, apanha o chapéu e coloca imediatamente na cabeça; resta à outra, a terra, que é o avental, com o pé de feijão. 

     O que haveria de comum entre  o brinquedo a “Escada de Jacob” e a história de “João e o pé de feijão?” Seria porque ambas levam até o céu, e o céu é mágico?

     Assim como o João consegue subir ao céu, trepando num pé de feijão mágico, que o leva às nuvens; Jacob, um personagem bíblico, que possivelmente inspirou um dos nomes para este brinquedo, vê em seu sonho, uma enorme escada, contendo  sete degraus, que ligava a Terra ao Céu.  

     Na história do João havia um tesouro sob os cuidados de um gigante. A galinha dos ovos de ouro e a harpa era como a “Terra Prometida” de Jacob, que João recupera e leva para a família.

     A magia do céu, no contexto da brincadeira, está relacionada com a mudança de vida, com a solução dos problemas. João, com o ouro, passa a não ter problemas materiais; Jacob, na “Terra Prometida”, seria saciado com pão, leite e mel. 

     Seria o céu um lugar mágico? O que o leitor acha?

Imagens Biblioteca CAD                                                                                                                                                                                    Biblioteca CAD

“Quem vai querer um postal coletivo?”

Sorteio do Postal Coletivo

imag_9 imag_10

     O fim das atividades letivas começa a ser visto como fase de se encerrarem trabalhos e atividades. Nós, da biblioteca, começamos a fazer a devolução dos trabalhos emprestados pelas crianças para dar beleza ao nosso espaço.

      Somente o artista pode dar cabo da própria obra… ou fazer o que lhe apetece.  É recomendável que cada trabalho que esteve exposto volte para as mãos de quem o produziu.

     O que fazer com aqueles trabalhos que são coletivos? Quem quer levar para casa o postal gigante, intitulado “O jardim do 2º Ano”? Muitos colocam os dedos no ar. Vamos fazer um sorteio! Muitos querem ser contemplados e escrevem os nomes nos papeizinhos e colocam numa caixinha para que alguém “tire a sorte”.  O nome da sorte de hoje foi a Inês S., do 2º Ano A. 

sorteio000

      O próximo poderá ser o seu!

Imagens Biblioteca CAD                                                                                                                                                                                      Bibliotec CAD

“… como uma floresta de imaginação”

     blogcroqui0001croquisblog0009croquisblog0007croquisblog0008croquisblog0009bcasadaleonor0001croquiblog0002croquisblog0009a

     Após a leitura do conto “A casa feita de sonho ” de Ricardo Alberty, alunos do 5º Ano fizeram croquis das suas casas dos sonhos.

         casadaleonor0002 Cada um, a seu modo, de acordo com  os “sonhos”e imaginação sonharam com casas:

          “Doce como o amor e fofa como as nuvens do céu”croquiblog0006

          “Feliz como um anjo apaixonado”

          “Amorosa como o coração de uma mãe”

          “Bonita como o amor”

          “Acolhedora como a minha cama, florida como o meu jardim”

         “A minha casa é como uma floresta de imaginação”

         “Verde como a natureza”croquisblog0005

          “De madeira como a lareira”

          “A minha casa é de pedra, forte como o fogo e bonita como a sereia casadamaria002onde o sol brilha todo dia”

 

 

 

 

                                                                                                      Biblioteca CAD

Imagens Biblioteca CAD  

“A Família das Borboletas”

“A família da borboleta”

borboleta_1_mini_katia

 

     De entre as atividades da Festa da Comunidade, no espaço da Biblioteca, estava uma proposta de “intervenção temática”, que consistia em utilizar os recursos materiais afixados nos postais para se desenhar algo livremente.

      Foi nesta “brincadeira” imaginativa que uma criança, após fazer o desenho, explicando, exclamou: “Mas não são só borboletas… é uma família de borboletas, o pai, a mãe e o filho”!

     Outra criança, já crescida, com a mesma proposta, – uma base com conchinhas coladas – fez um prato, e surpreendeu-se ao ver outros trabalhos: “Era para fazer borboletas…?” “Claro que não! É para fazer o que te sugere a imagem…”

 

katia_borbol_mini

 

     “Quero fazer um trabalho de cada proposta!” Disse outra criança, ao sentir-se “seduzida” pelas propostas. E, assim fez!

katia_4trab2

Imagem: Biblioteca do CAD

Biblioteca do CAD

“A Casa feita de sonho”

“A casa feita de sonho”

casadamaria004

      Querem ouvir um conto? A resposta positiva a esta pergunta gera uma profusão de ideias e de imaginação…

    O conto, lido sem acesso às imagens, para favorecer a imaginação do ouvinte, favorece o deleite e a escuta atenta aos detalhes narrados sobre como era a casa do sonho do autor Ricardo Alberty: “Leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel”

     “Qual a casa dos meus sonhos?” De verdade ou de faz de conta, as crianças do 2º ciclo começam a dar contorno aos sonhos, expressam suas casas em papéis. Com o croquis pronto, o próximo passo é construí-la com materiais reutilizáveis postos à disposição.

    Muitas ideias são modificadas, porque os recursos materiais não dão conta de traduzir  “A casa dos sonhos”, que, como a do autor do conto, terá que ser feita com as próprias mãos e deve ser de um “material barato”…

 casadamaria001                                      casadamaria002                casadamaria003

      Esta é a casa da Maria S.:  ” casa de pedra, forte como o fogo e bonita como uma sereia, onde o sol brilha todos os dias”!

         Como é a casa do teu sonho?

Imagens Biblioteca CAD                                                                                                                                                                                Biblioteca CAD

Ilustração de Haicai/Haiku

Ilustração de Haicai

catiahaicai000

     O livro de Jane Dwight apresenta 200 motivos com instruções ilustradas. “Procuro um livro que estava aqui, de desenho chinês…”, diz a Cátia O., aluna do 8º Ano.

    A “procura” da aluna foi inspiração para uma conversa que foi parar à “beirada do mar”, em cima de  “galhos de árvores”, em “ninho do trovão”… Pois, com o livro nas mãos, acrescentou a aluna, é que “gosto de desenhar!”

    Dizer “gosto de desenhar” foi “um achado”! Que tal desenhar/ilustrar poesias japonesas?

    O haicai/haiku foi apresentado para a aluna, que não demorou muito para se encantar com a proposta. Escolheu as três linhas, pois o poema originado no Japão é composto por apenas três  linhas. Simples sem ser simplista, o poema encanta não só a aluna, mas várias, de todas as idades.

“No Amazonas,

o ninho do trovão

nas lendas indígenas”


haicai005

     A aluna  deu o encanto que faltava à alguns haicais/haikus que estavam presos aos livros, sem ilustrações. A técnica foi  consultada no livro de pintura chinesa, para ilustrar a poesia japonesa.

catiahaicai003

“Ao caminho do vento

chega a folha seca

que se pôs a bailar”

haicai0001

“Pétalas e asas

confundem-se no jardim

Pintassilgo”

catiahaicai001

 Rafaela, colega da Cátia, também se envolve e ilustra:

“Um suave abraço

– Na beirada do mar

A brisa e eu”

rafaelahaica000

“Desconhecido dirige-se a mim

dando bom dia

e se afasta na trilha verde”

haicai001

Imagens Biblioteca CAD

Para saber mais sobre haicai / haiku  ver Revista Brasileira

O Encanto da Metamorfose

O encanto da metamorfose

bichodaseda0002

 

       Mal a primavera começa a escola torna-se o palco para as alunas mostrarem os bichos da seda com os quais brincam.  As alunas do 5º Ano levam os bichinhos para todos os lados, inclusive  para a biblioteca.

     “Experimenta pegar, sente… é macio”, insiste uma criança… De facto é agradável de tocar… “Eles comem folhas de amoreira…”  Mas porque será que as crianças gostam tanto destes bichinhos?

     Curiosamente, as mariposas que produzem a seda foram domesticadas há cerca de 3.000 anos a.C, nos países asiáticos.

bichodaseda0004

     O que parece atrair as crianças é a curiosidade em acompanhar as transformações destes bichinhos: a  metamorfose! 

     Para além da graciosidade dos bichos, as alunas deslumbram-se com a transformação “palpável” e visível que seguram nas próprias mãos… Mal sabem que também estão a “metamorfosearem-se” se a cada dia…

bichodaseda0001

     Afinal, como diz o escritor e educador Rubem Alves “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.”

Imagens Biblioteca CAD

Biblioteca CAD

Os clássicos!

   blogclassicos0004

     “Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim suave e docemente que se despertam consciências”. (Jean de La Fontaine, século XVII )   

blogcalssico0003

     Sabemos que a fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança. Os sentimentos comuns em nós como a rejeição, a frustração, o ciúme , a  inveja, o  ódio, entre outros, muitas vezes são compreendidos pelas crianças através da fantasia… (Re) significar um conto de que se gostou muito quando ainda se  era pequenina é uma experiência ímpar para as nossas  “Sherazades Crescidas”.

blogclassicos0006

classicosblog0001

     “Eu gostava quando a minha mãe contava a história da Casa de Chocolate”;  “Eu adorava o Flautista de Hamelin”; “Para mim, a história que mais gostava era a Capuchinho Vermelho”;  “Eu acho engraçada a história do Rabo do Rato”!… “Eu gostei mais do Rei Leão!”

blogclassicos0002blogclassicos0005

     Preferências à parte, o que as alunas do 5º Ano têm em comum é o desejo de contar para outras crianças do 1º Ciclo as histórias escolhidas por elas próprias. A escolha da história foi feita após a resposta à questão: “Quando era pequena qual a história que gostavas mais de ouvir?” Após a escolha, mãos à obra! Em pares ou individualmente, as alunas começaram a escolher as imagens, considerando que teriam que desenhar apenas 5 ilustrações para compor uma sanfona.

recontocrescidos0002

     A  verdadeira obra de arte que são os clássicos da literatura infantil, aos poucos, foram sendo retirados das prateleiras, lidos e relidos … A arte das alunas se tornou em verdadeiras oportunidades de encantamentos… 

Imagens Biblioteca CAD

Biblioteca CAD

A arte de ensinar a arte do desenho

A arte de ensinar a arte do desenho…

alunoprof000

alunoprof0001

     Daquele grupinho de alunos do 5º ano que, regularmente, se juntam para produzir vídeos,  foi “apanhada em flagrante” uma dupla numa atitude didática.

     G. dita ao amigo, “faz um traço assim…” diz a apontar como se faz, pois estava a fazer ao mesmo tempo que “orientava”.

     G. estava a  ensinar um colega  a desenhar…  Contou-nos orgulhosamente de ter esta habilidade. “Quando era pequeno não gostava muito de interagir com outros meninos, então, estava sempre a desenhar!… Enquanto esperava a minha mãe, levava muito papel e ficava a desenhar…”

      Quando questionado sobre a técnica que utiliza, diz, de modo convicto: “Não gosto de copiar. Olho, fica na minha cabeça como uma fotografia, depois desenho”.

     Para além da “vaidade” e do orgulho em saber desenhar, há outras coisas de que se orgulhar… “A minha avó que era conhecida por ser a primeira mulher a pilotar um avião sabe desenhar; a minha mãe também e depois ‘passou’ para mim…”

      G., num gesto de generosidade , partilha o saber  “herdado”  da mãe, que herdou da avó, que herdou…

     O processo de autoconhecimento  e, neste caso, de autoestima, é observado nestas e em outras conversas e práticas informais surpreendidas em flagrante na nossa Biblioteca viva.

Imagens da Biblioteca CAD

Biblioteca CAD

A escada de Jacob

“Escada de Jacob”

escadadejaco006escadadejaco008escadadejaco009

     “Escada de Jacob”, “Traca-traca” ou “Escada de Maracá” é um brinquedo, cheio de nomes e de possibilidades imaginativas. Este brinquedo permite montar muitas formas: estrela, peixe, cão, menino, borboleta, girafa, casa, cascata, entre outras…

     As crianças brincam entusiasmadas com a escada; encantadas dizem: “escadadejaco0001parece mágica!”  

      O educador e pesquisador Francisco Marques, conhecido como, Chico dos Bonecos que utiliza este brinquedo em atividades que realiza com professores e crianças, em São Paulo, define a “Escada de Jacob”: É um brinquedo alegre, e alegria não precisa de explicação. Ele ilustra muito bem a atividade da criança ao brincar: investigação, experimentação, exploração.”

     Foi a exploração que envolveu as crianças… Todas queriam descobrir possibilidades de formar objetos ao manusear o brinquedo; exploravam-no atentamente, ansiosas por saber/descobrir  como se faz… 

    Jacob é um personagem bíblico, que possivelmente inspirou a invenção do nome para o brinquedo. Um dia, Jacob sonhou com uma enorme escada, contendo  sete degraus, que ligava a Terra ao Céu. No alto da escada Jacob viu Jeová, o Deus de Israel, a chamá-lo para tomar posse da Terra Prometida. 

    escadadejaco003            escadadejaco005          escadadejaco002

     Na última semana de aulas, sorteamos uma “Escada de Jacob”. Todas as crianças que estavam,desejaram ser contempladas.

escadadejaco004

Imagens de Biblioteca Cad

Biblioteca CAD

“João e o pé de feijão”

“João e o pé de feijão”

joao003joao004joao001 joao002

      Após a apresentação da  história “João e o Pé de Feijão” às crianças, foi solicitada alguma mensagem ou “recadinho” para uma das personagens.


joao007

      Surgem questionamentos:  “Gigante, porque roubaste a harpa e a galinha dos ovos de ouro da família do João?” “Gigante, a sério que tu és tão mau?” “Harpa, como funcionas?”…  Ou agradecimento: “Obrigada, vaquinha, por concordares em ser trocada..” “João, obrigada por teres trazido a galinha dos ovos de joao011ouro e a harpa que era do teu pai”… Cada um que ouve a história do João e o Pé de Feijão acaba por ser “tocado” por algum aspecto da história.

     

joao008

     Ter  ouvido a história na pré-escolar não tornou a narrativa  menos atrativa…  Agora, com mais maturidade, as crianças do 2º Ano apreciam a história com igual interesse.

     

     Seria por que a técnica estava a ser diferente?  Ou seria porque as crianças gostam mesmo de histórias?joao010

 

   

 Imagens Biblioteca CAD

“O reflexo da luz…”

“O reflexo da luz…”

reflexoluz000

     Desta vez, sem burburinhos, três alunos mais crescidos estavam silenciosamente a cortar e recortar caixas de papel, reaproveitando:  “estamos a construir um periscópio, usado pelos submarinos…” – “Qual o conceito que estão a aprender neste  processo de criação?” – perguntei: “… o reflexo da luz”.

      De modo compenetrado, o aluno descreve o processo  da “engenhoca”, o objetivo da elaboração e o quanto desejava ter feito com metal ou plástico para o colocar na água e poder testá-lo a sério. “Este não pode ir para a água”

     “É um acessório fundamental, utilizado pelos submarinos para captar imagens acima da água”… o “Aparelho óptico” foi feito com muito esmero e dedicação!

reflexoluz0001

“O Princípio”II

 principioblog0000

     Após ouvir a história de Paula Carballeira e Sonja Danowski, uma aluna  do 5º ano diz: “A história mostra que não é preciso muito para ser feliz…” Outra do 3º Ano diz: “Realmente, houve o princípio de vida nova; primeiro, tinham tudo, perderam, e depois, mesmo num carro, conseguiam ficar felizes e começar tudo de novo”! Não é difícil perceber a “moral” da história. Nem era nosso objetivo falar  sobre o conteúdo do livro, pois as imagens, conciliadas com o texto simples, falavam por si só.jogo0002

        Esta história  foi o despertar para o jogo que fascinou muitas crianças do 1º ao 6ºAno.

balisacomdedo000

      Segundo a nossa pesquisa, o jogo tem origem na Grécia antiga. Naquela época, quando os homens queriam consultar os deuses ou tirar a sorte, jogavam ossinhos de pata do carneiro e observavam como caíam… Com o tempo, os ossinhos foram substituídos por pedrinhas ou sementes ou pedaços de telhas.

     Curiosidades à parte. O certo é que as crianças demonstraram interesse  pelo jogo e pediam saquinhos com as pedrinhas para levarem  para casa e para jogarem no horário do recreio.jogo0004

     A história, com seu conteúdo ímpar, não deixou de ser “sentida” pelas crianças. Algumas diziam: “Não é preciso ter muitos brinquedos para nos divertirmos, até com as coisas da natureza podemos fazer brinquedos”… E o leitor conhece o fabuloso jogo das pedrinhas?

Imagens Biblioteca CAD 

 

“O Princípio” I

“O Princípio” I

principioblog0000

     Seria o princípio de “ uma chuva”; “de uma estação”, talvez; ou seria de “um ano”; quem sabe o princípio de “uma brincadeira com uma bola”. “O princípio do mundo”… Estas e outras falas foram ditas por alunos do 1º Ano, após lhes serem solicitadas algumas hipóteses sobre o que tratava a história, apreciando a capa do livro.

     Embora a história suscite reflexão, a obra “ O princípio”, considerada por nós uma história com uma beleza estética ímpar; uma evocação da esperança, que rebenta  genuinamente  do espírito infantil, para nós, com esta turma em especial, foi utilizada,  para a introduzir, a “brincadeira das pedrinhas”.

principio1

     

     Ao narrar o trecho em que as crianças, principais personagens da história, começam a brincar, a narrativa foi interrompida. “As crianças brincavam assim”! Foi então feita a demonstração da brincadeira.

jogo000

      As crianças ficaram surpreendidas com a brincadeira. “Como é que a Kátia sabia que elas brincavam assim”? Respondeu uma criança: “- Se não havia brinquedos e até a biblioteca ardeu…”

      Após apreciar o jogo, todas queriam brincar com as pedrinhas que estavam dentro dos saquinhos reaproveitados do refeitório, fechados com um laçarote de cetim, a dar ar de preciosidade para o significado daquelas pedrinhas e para o contexto onde se passava a história.

saquinhos000

 pedrinhas000

Imagens Biblioteca CAD

As “Sherazades” crescidas I

historiapequeninos3

      As alunas do 5ºAno vivenciam “as mil e uma tardes”, a contar histórias aos pequeninos. Muitas vezes torna-se difícil escolher quem vai contar a história, pois as candidatas são muitas para o pouco tempo que as crianças têm para ouvi-las. A escolha tem que ser “à sorte”, utilizando uma lengalenga. 

historiaprimeiroblog2

       As alunas ficam encantadas com a postura, o interesse e a participação das crianças do 1º Ano.

historiaparaopriblog1

      Já temos candidatas para contarem histórias até o final do ano letivo! “As mil e uma tardes” não acabam por aqui…

Imagens Biblioteca CAD