As crianças, de modo geral, interessam-se por histórias mágicas e por brincar com brinquedos instigantes…
Assim como o brinquedo “Escada de Jacob” não pára quieto, está sempre a ser utilizado pelas crianças, o avental para contar a história do João e o pé de feijão, também não.
O avental e o chapéu (que representa o céu) se tornou um objeto muito manuseado pelas crianças do 1º e do 2º ciclo. Elas contam e recontam a história para um público que aprecia as narrativas variadas, seguidas umas às outras.
A história é contada nas vozes de dois contadores alternadamente…. Uma criança diz “Eu sou o céu com o castelo”, apanha o chapéu e coloca imediatamente na cabeça; resta à outra, a terra, que é o avental, com o pé de feijão.
O que haveria de comum entre o brinquedo a “Escada de Jacob” e a história de “João e o pé de feijão?” Seria porque ambas levam até o céu, e o céu é mágico?
Assim como o João consegue subir ao céu, trepando num pé de feijão mágico, que o leva às nuvens; Jacob, um personagem bíblico, que possivelmente inspirou um dos nomes para este brinquedo, vê em seu sonho, uma enorme escada, contendo sete degraus, que ligava a Terra ao Céu.
Na história do João havia um tesouro sob os cuidados de um gigante. A galinha dos ovos de ouro e a harpa era como a “Terra Prometida” de Jacob, que João recupera e leva para a família.
A magia do céu, no contexto da brincadeira, está relacionada com a mudança de vida, com a solução dos problemas. João, com o ouro, passa a não ter problemas materiais; Jacob, na “Terra Prometida”, seria saciado com pão, leite e mel.
Seria o céu um lugar mágico? O que o leitor acha?
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