Tempo e Espaço…

“Tempo e Espaço”

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          Os conceitos influenciam o uso da técnica que escolhemos para contar a história…

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     Ao escolher contos como  o clássico “A Casa de Chocolate”, também conhecido como a História de João e Maria, ficamos sempre com a sensação de que irá causar na criança um impacto muito grande, por ter uma narrativa  que se vai desenrolando e apresentando as atitudes dos adultos frente às crianças de modo muito diferente de hoje.

    Do latim “tempus”, a palavra tempo é a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/sujeitas a alterações.

     O tempo e o espaço tridimensional são concebidos, em conjunto, como uma variedade de quatro dimensões a que  se dá o nome  de espaço-tempo. Um ponto no espaço-tempo é designado como um acontecimento.

     O uso da técnica dos dois fios transparentes, fixados paralelamente, pretende deixar explícito o conceito de espaço-tempo. Ao narrar a história, monta-se a cena, colocando as árvores da floresta e as casas do pai das crianças e da bruxa no fio mais alto (espaço fixo). No desenrolar da história, as crianças percebem a linearidade do tempo e dos acontecimentos, pois, de propósito, colocam-se as imagens estáticas (embora com uma alusão ao movimento) para que conc-tempo-e-espaco0001percebam a sucessão dos acontecimentos que ocorrem naquele

contexto físico.

     As nossas crianças  organizam-se num espaço físico muito distinto do descrito na história… não vivem numa floresta…. Também é um choque descobrir, através da história, que os pais são falíveis e imperfeitos; são incapazes  de suprir todas as necessidades dos filhos; os filhos, João e Maria são obrigados a buscar os seus próprios recursos que os pais já não suprem; longe da casa dos pais há um mundo a desvendar… há sofrimento, mas também há  prazeres, há doces e não só… 

     Os contos ajudam no desenvolvimento emocional e intelectual da criança. O final feliz remete a uma boa dose de esperança para a criança; sugere que poderá superar as dificuldades da vida, obter sucesso e viver  feliz.

     O leque de conceitos dos vários tipos de tempos é amplo… e é explicável por muitas ciências… 

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A Educação Infantil volta a visitar a Biblioteca

A Educação Infantil volta a visitar a Biblioteca

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     Desta vez a  turma dos 4 anos da Educadora Amélia foi ouvir a história de Audrey Wood,  A Casa Sonolenta. Todos queriam ver de perto as imagens dos animais afixadas nos objetos transparentes.

     Após ouvirem a história, muitas crianças colocaram o dedo no ar candidatando-se para fazer o reconto. A educadora escolhia a criança que ia assumir o posto de contador (a) de história. Esta iria empilhar as personagens de modo decrescente, à medida que nomeava a personagem e dizia o que estava a fazer em cima da cama confortável (aconchegada), na casa da avó, que era muito sonolenta… O desafio exigia muita atenção por parte dos pequenotes, uma vez que a atividade  pressupõe noções de sequência  lógica e uma narrativa no ritmo de uma lenga lenga…

 

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     Após a história, no momento da despedida, cada aluno ganhou uma lembrancinha da nossa Biblioteca.

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      As crianças demonstraram que estavam muito felizes com a visita. Levaram também para a sala o kit completo com as personagens para contarem a história da Casa Sonolenta às outras crianças.

     Foi uma visita divertida!

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Casa da bruxa… onde tudo acontece!

Casa da bruxa… onde tudo acontece!

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     A casa da bruxa ganha um espaço especial porque dá nos a oportunidade de mostrar às crianças a materialidade, esteticamente pensada, para caracterizar as dualidades presentes no conto clássico “A casa de Chocolate”, também conhecido como a “História de João e Maria”, que a biblioteca escolheu para receber as crianças do 1º Ano do 1º Ciclo. A casa da bruxa é revestida de doces… Que sedução para as crianças! As dualidades que encontramos neste conto são: doce, amargo;  bem, mal; generoso, ruim; criança, adulto…

     No conto, as personagens João e Maria estavam perdidos na floresta. Caminharam muito; já exaustos e sentindo muita fome, eles encontram a casa de doces e a bruxa, a dona da casa! A bruxa, a princípio, apresenta-se muito boazinha e generosa; convida-os para entrar,  mas a sua verdadeira intenção é devorar as crianças que agora já não contam com a proteção dos seus  pais.

     A casa dos pais, que neste conto é deixada para trás, mesmo contra a vontade das crianças, não ganha espaço para se materializar e apresentar aos alunos. Fora de casa, num mundo externo, a criança é “forçada” a crescer! Querendo ou não, é  na “casa da bruxa” que tudo vai acontecer…

     A rapariga chorona, agora obrigada a limpar a casa, cozinhar e lavar, amadurece e cresce; o miúdo fraco vai ganhar força, pois recebe o  “alimento” para isto. Fora da casa dos pais o mundo os “prepara”.  Ambos crescem em astúcia e conhecimento; perdem a “ingenuidade infantil” para sobreviver; e voltam à casa do pai muito diferentes: ricos de conhecimento… Outro dia falamos mais…

     A casa da bruxa contou com um processo de criação e execução que envolveu muitas pessoas da escola e alguns convidados especiais.

     O aluno do curso de Arquitetura, Francisco Patrão, com sua experiência em fazer maquetes profissionais, deu-nos o suporte técnico. A mana, Inês Patrão, estudante de Gestão, colaborou na pintura da casa e das árvores.

 

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Os clássicos!

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     “Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim suave e docemente que se despertam consciências”. (Jean de La Fontaine, século XVII )   

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     Sabemos que a fantasia é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança. Os sentimentos comuns em nós como a rejeição, a frustração, o ciúme , a  inveja, o  ódio, entre outros, muitas vezes são compreendidos pelas crianças através da fantasia… (Re) significar um conto de que se gostou muito quando ainda se  era pequenina é uma experiência ímpar para as nossas  “Sherazades Crescidas”.

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     “Eu gostava quando a minha mãe contava a história da Casa de Chocolate”;  “Eu adorava o Flautista de Hamelin”; “Para mim, a história que mais gostava era a Capuchinho Vermelho”;  “Eu acho engraçada a história do Rabo do Rato”!… “Eu gostei mais do Rei Leão!”

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     Preferências à parte, o que as alunas do 5º Ano têm em comum é o desejo de contar para outras crianças do 1º Ciclo as histórias escolhidas por elas próprias. A escolha da história foi feita após a resposta à questão: “Quando era pequena qual a história que gostavas mais de ouvir?” Após a escolha, mãos à obra! Em pares ou individualmente, as alunas começaram a escolher as imagens, considerando que teriam que desenhar apenas 5 ilustrações para compor uma sanfona.

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     A  verdadeira obra de arte que são os clássicos da literatura infantil, aos poucos, foram sendo retirados das prateleiras, lidos e relidos … A arte das alunas se tornou em verdadeiras oportunidades de encantamentos… 

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