“Quero fazer esta dobragem, mas é difícil, ensinas-me?!”
Fazer um tsuru (grou), que simboliza paz, felicidade, boa sorte e saúde, não é simples, pois requer paciência e dedicação. A concentração e a paciência são habilidades desafiadoras para as crianças, pois estas vivem uma sobrecarga de estímulos, e quase todos muito velozes e imediatos.
Dobrar, passo-a passo, um papel quadrado, vincando bem cada dobra, uma, duas, três… inúmeras vezes até aparecer uma figura, surpreendendo a própria criança com o resultado, não é fácil, torna-se um desafio!
Esta arte milenar era utilizada na Corte Imperial, e era conhecida como um passatempo divertido e interessante, mas era praticada apenas por adultos porque, ao contrário de hoje, o papel era muitíssimo caro.
A arte do origami é ensinada nas escolas japonesas; estudiosos afirmam que esta arte teve origem na China.
Algumas crianças, as que gostam deste tipo de desafio, que pressupõe a disposição para estarem concentradas, demonstram interesse e solicitam outras figuras: “Vamos fazer o Pai Natal?” “Podemos fazer um sapinho?” “Eu trago da minha casa o livro de origami que recebi da minha mãe.”
Ter o livro em casa não parece ser tão interessante quanto estar com os colegas, expostos aos mesmos desafios, ajudando-se uns aos outros…
Fica a promessa de ajudar as crianças a dobrarem outras figuras, que para os japoneses, têm significados diferentes de outras culturas: o sapo significa amor e felicidade; a tartaruga significa longevidade, entre outros.
Imagens: Biblioteca do Cad