“Quero um Haicai…”

“Quero um Haicai…”

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     Foi no Caqui net, Revista Brasileira de Haicai, que a aluna Cátia do 9º Ano, escolheu este singelo Haicai. 

     A aluna chega à Biblioteca a solicitar livros de Haicai/Haiku para escolher um poema para ilustrar… Encontra no site mil e uma ideias.  

     “Há até um concurso internacional!” –  surpreende-se a aluna ao ficar a saber da amplitude deste género literário pouco difundido em Portugal.

     “Escolhi este”, mostra o texto e a imagem onde deixa escorrer das mãos a criatividade, e interpreta o poema… derrama a cor azul em forma de água da cascata a condizer com a cor da asa da borboleta… “Ela está na natureza… Uma nova cor!”

     Este tipo de expressão da arte traduz uma beleza simples… não simplista… A aluna demonstra-se enamorada por sua produção… Nós também!

     Desejamos que esta fonte não se esgote. 

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Atividades do 2º Ano

Atividades do 2º Ano

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     Cheias de entusiasmo, crianças do 2º Ano entram na Biblioteca querendo saber quais são as atividades que elas podem fazer.

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    Sobre as mesas há uma variedade de postais para desenharem ou completarem os riscos aleatórios… Cada uma escolhe o que lhe apetece e dedica-se a fazer a atividade da melhor maneira. 

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     Algumas crianças querem dedicar os seus postais… Nesta idade a afetividade está em alta; as crianças gostam de dar e receber “mimos” escritos, pois descobrem que a linguagem é uma expressão que se parece com uma fonte que não para de minar água, quanto mais elas escrevem, mais têm o que escrever…

     Que esta vontade não cesse!

Biblioteca CAD

 

“… a Minha Mandala”

“A minha mandala”

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     Não é uma mandala qualquer: … “Onde está  a minha mandala que deixei por fazer?…”

     Aquela mandala, começada com esmero, não poderia ser esquecida… Beatriz C, aluna do 5º Ano, pede para continuar a obra iniciada no começo do ano letivo.

     As mandalas, existem desde o século VIII a.C. e são usadas no Tibete e no budismo japonês como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação.

     A nossa proposta, logo no começo do ano, foi reaproveitar CDs já utilizados para os alunos desenharem mandalas, enfeitá-las com bolinhas, prendendo-as em fio de pesca para montar um móbile e  utilizar como ornamentação.

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     Beatriz concentra-se para fazer os  desenhos, traçando-os com minúcia e cuidando da harmonia, da combinação das cores e das missangas. O resultado é surpreendente!

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    Carolina C. aproveita o ambiente e também quer criar. “Quero usar as bolinhas para fazer uma estrela que aprendi”… Orgulha-se  da obra que fez: “Aqui está!”

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“Quem vai querer um postal coletivo?”

Sorteio do Postal Coletivo

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     O fim das atividades letivas começa a ser visto como fase de se encerrarem trabalhos e atividades. Nós, da biblioteca, começamos a fazer a devolução dos trabalhos emprestados pelas crianças para dar beleza ao nosso espaço.

      Somente o artista pode dar cabo da própria obra… ou fazer o que lhe apetece.  É recomendável que cada trabalho que esteve exposto volte para as mãos de quem o produziu.

     O que fazer com aqueles trabalhos que são coletivos? Quem quer levar para casa o postal gigante, intitulado “O jardim do 2º Ano”? Muitos colocam os dedos no ar. Vamos fazer um sorteio! Muitos querem ser contemplados e escrevem os nomes nos papeizinhos e colocam numa caixinha para que alguém “tire a sorte”.  O nome da sorte de hoje foi a Inês S., do 2º Ano A. 

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      O próximo poderá ser o seu!

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“A Família das Borboletas”

“A família da borboleta”

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     De entre as atividades da Festa da Comunidade, no espaço da Biblioteca, estava uma proposta de “intervenção temática”, que consistia em utilizar os recursos materiais afixados nos postais para se desenhar algo livremente.

      Foi nesta “brincadeira” imaginativa que uma criança, após fazer o desenho, explicando, exclamou: “Mas não são só borboletas… é uma família de borboletas, o pai, a mãe e o filho”!

     Outra criança, já crescida, com a mesma proposta, – uma base com conchinhas coladas – fez um prato, e surpreendeu-se ao ver outros trabalhos: “Era para fazer borboletas…?” “Claro que não! É para fazer o que te sugere a imagem…”

 

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     “Quero fazer um trabalho de cada proposta!” Disse outra criança, ao sentir-se “seduzida” pelas propostas. E, assim fez!

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Imagem: Biblioteca do CAD

Biblioteca do CAD

“A Casa feita de sonho”

“A casa feita de sonho”

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      Querem ouvir um conto? A resposta positiva a esta pergunta gera uma profusão de ideias e de imaginação…

    O conto, lido sem acesso às imagens, para favorecer a imaginação do ouvinte, favorece o deleite e a escuta atenta aos detalhes narrados sobre como era a casa do sonho do autor Ricardo Alberty: “Leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel”

     “Qual a casa dos meus sonhos?” De verdade ou de faz de conta, as crianças do 2º ciclo começam a dar contorno aos sonhos, expressam suas casas em papéis. Com o croquis pronto, o próximo passo é construí-la com materiais reutilizáveis postos à disposição.

    Muitas ideias são modificadas, porque os recursos materiais não dão conta de traduzir  “A casa dos sonhos”, que, como a do autor do conto, terá que ser feita com as próprias mãos e deve ser de um “material barato”…

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      Esta é a casa da Maria S.:  ” casa de pedra, forte como o fogo e bonita como uma sereia, onde o sol brilha todos os dias”!

         Como é a casa do teu sonho?

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Ilustração de Haicai/Haiku

Ilustração de Haicai

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     O livro de Jane Dwight apresenta 200 motivos com instruções ilustradas. “Procuro um livro que estava aqui, de desenho chinês…”, diz a Cátia O., aluna do 8º Ano.

    A “procura” da aluna foi inspiração para uma conversa que foi parar à “beirada do mar”, em cima de  “galhos de árvores”, em “ninho do trovão”… Pois, com o livro nas mãos, acrescentou a aluna, é que “gosto de desenhar!”

    Dizer “gosto de desenhar” foi “um achado”! Que tal desenhar/ilustrar poesias japonesas?

    O haicai/haiku foi apresentado para a aluna, que não demorou muito para se encantar com a proposta. Escolheu as três linhas, pois o poema originado no Japão é composto por apenas três  linhas. Simples sem ser simplista, o poema encanta não só a aluna, mas várias, de todas as idades.

“No Amazonas,

o ninho do trovão

nas lendas indígenas”


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     A aluna  deu o encanto que faltava à alguns haicais/haikus que estavam presos aos livros, sem ilustrações. A técnica foi  consultada no livro de pintura chinesa, para ilustrar a poesia japonesa.

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“Ao caminho do vento

chega a folha seca

que se pôs a bailar”

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“Pétalas e asas

confundem-se no jardim

Pintassilgo”

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 Rafaela, colega da Cátia, também se envolve e ilustra:

“Um suave abraço

– Na beirada do mar

A brisa e eu”

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“Desconhecido dirige-se a mim

dando bom dia

e se afasta na trilha verde”

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Imagens Biblioteca CAD

Para saber mais sobre haicai / haiku  ver Revista Brasileira

A arte de ensinar a arte do desenho

A arte de ensinar a arte do desenho…

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     Daquele grupinho de alunos do 5º ano que, regularmente, se juntam para produzir vídeos,  foi “apanhada em flagrante” uma dupla numa atitude didática.

     G. dita ao amigo, “faz um traço assim…” diz a apontar como se faz, pois estava a fazer ao mesmo tempo que “orientava”.

     G. estava a  ensinar um colega  a desenhar…  Contou-nos orgulhosamente de ter esta habilidade. “Quando era pequeno não gostava muito de interagir com outros meninos, então, estava sempre a desenhar!… Enquanto esperava a minha mãe, levava muito papel e ficava a desenhar…”

      Quando questionado sobre a técnica que utiliza, diz, de modo convicto: “Não gosto de copiar. Olho, fica na minha cabeça como uma fotografia, depois desenho”.

     Para além da “vaidade” e do orgulho em saber desenhar, há outras coisas de que se orgulhar… “A minha avó que era conhecida por ser a primeira mulher a pilotar um avião sabe desenhar; a minha mãe também e depois ‘passou’ para mim…”

      G., num gesto de generosidade , partilha o saber  “herdado”  da mãe, que herdou da avó, que herdou…

     O processo de autoconhecimento  e, neste caso, de autoestima, é observado nestas e em outras conversas e práticas informais surpreendidas em flagrante na nossa Biblioteca viva.

Imagens da Biblioteca CAD

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